Enquanto
alguns políticos aproveitaram o Carnaval para descansar, rever parentes
e fazer um giro pelo exterior, o vice-governador Robinson Faria
aproveitou os dias de folga para rodar o Rio Grande do Norte: “Fiz um
roteiro bem extenso, rodei 1.500 quilômetros”, disse ele nas redes
sociais, ao anunciar uma parada estratégica “para recarregar as
baterias”. Ele andou por Caicó, Areia Branca, Macau, Tibau e outros
municípios e, além de conhecer o Carnaval dessas cidades, disse que,
“naturalmente”, falou-se em política: “A gente chegava numa cidade e
sempre indagavam assuntos políticos, tratando-se, também, que 2012 é um
ano eleitoral”.
Pelo calendário eleitoral, faltam três meses para a largada das
convenções partidárias para homologação dos candidatos a prefeito e
vereador nos 167 municípios do Rio Grande do Norte – de 1º a 30 de
junho. “Nós vamos debater as alianças o máximo possível, porém não temos
pressa em antecipar decisões, porque também dependemos dos nossos
parceiros políticos”, continuou ele.
Segundo Faria, o partido do qual é presidente estadual, o PSD, está
presente em 132 municípios. Desses, ele estima que entre 55 e 65 terão
candidatos do PSD a prefeito, enquanto nos outros serão lançados
candidatos a vice-prefeito e a vereador, “porque também temos de ter um
partido forte no legislativo municipal”.
O vice-governador também disse que dos atuais 15 prefeitos do
partido, pelo menos dez serão candidatos à reeleição no pleito de
outubro deste ano. Na região Agreste, onde é sua principal base
eleitoral e política, Robinson Faria disse que o PSD terá 30 candidatos a
prefeito.
Nos dois maiores colégios eleitorais do Rio Grande do Norte, que são
Natal e Mossoró, Robinson Faria voltou a dizer que “não teremos
candidatos próprios”, mas que está dialogando com outros partidos da
base oposicionista.
Ele também explicou que como faltam só 90 dias para o início das
convenções, não fará encontros regionais para debater a sucessão
municipal, mas admite que, como presidente de um partido, tem
conversando individualmente com lideranças municipais: “Mas qualquer
decisão será coletiva, inclusive ouvindo os deputados do nosso partido”.
No entanto, Faria afirmou que as alianças e apoios políticos feitos com
PSD serão feitas “como uma semente para 2014″, quando haverá eleições
para governador, senador, deputados federais e estaduais.
Além disso, Faria reafirma que o PSD não tem nenhum constrangimento
em fazer alianças com partidos da base governista: “Não sou oposição ao
Rio Grande do Norte, porque pela liturgia do cargo de vice-governador,
estou à disposição do Estado, mas sou oposição à governadora”.
Da Tribuna do Norte